REDE DE PROSTITUIÇÃO Polícia prende quadrilha no Farol de São Thomé

Denúncias de meninas menores de idade que fariam parte de uma rede de prostituição infantil na Praia do Farol de São Thomé, levaram a prisão de cinco pessoas nesta quarta-feira (21/10). A ação começou pela manhã e no início da noite todas foram conduzidas para a 134ª Delegacia do Centro de Campos.
Os cinco detidos suspeitos de fazerem parte do esquema na praia campista foram Identificados apenas como Ana Cláudia Xuxa, Carlinhos da Cooperativa, Paulo do Ferro Velho, Manoel da Oficina e Juca Bigode.
O Conselho Tutelar de Campos recebeu na terça-feira (20/10), assim como o Ministério Público (MP), relatório do Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) e depoimentos com riqueza de detalhes passados por uma menor, que aos 10 anos de idade foi molestada e desde então passou a ser acompanhada.
Mas nesse período passou a se prostituir e ela era a criança a ser investigada nesta quarta-feira, quando Conselheiras saíram de Campos para no Farol de São Thomé buscar novas informações da jovem. O primeiro passo foi a ida à escola onde foi descoberta a exploração de mais duas meninas, de 12 anos.
A partir deste momento, os cinco adultos começaram a ter seus nomes revelados e assim como detalhes dos relacionamentos, que seriam na casa dos próprios acusados, que pagavam de R$ 10 a R$ 150, dependendo da relação, além de promessas de equipamentos com computadores e ainda roupas.
Três pessoas estão foragidas e tiveram apenas os primeiros nomes ou apelidos revelados e seriam Charles, Clovinho do Frigorífico e Pretinho. Todos seguiam sendo procurados pela Polícia com mandados.
Uma das mães presentes aa delegacia declarou a imprensa que a filha recebia no celular ligações de um dos presos, mas que como trabalha fora não tinha conhecimento do caso. “Ela disse que teve relação com ele a primeira vez porque quis e depois porque ele passou a ameaçá-la”, disse pedindo para não ser identificada.
Outra mãe estava ainda mais assustada, com a possibilidade real de a filha estar grávida.
Na Praia do Farol, populares gritavam em frente ao DPO que tudo isso demorou a acontecer e que muitas pessoas na praia tinham conhecimento que os abusos eram realizados.