O novo empreendimento aumentaria em 50% o valor do bloco de investimentos da iniciativa privada, totalizando R$ 7,5 bilhões.
Este impulso econômico no empreendimento que envolve as cidades de Quissamã e Campos dos Goytacazes foi proposto durante reunião realizada entre os prefeitos Armando Carneiro e Rosinha Garotinho nesta terça-feira (06/10), com o diretor de Novos Negócios da EBX, Beto Costa, que explicou o interesse da construção de um estaleiro na parte de produção de plataformas e unidade de produção de petróleo. O encontro foi na sede da Prefeitura de Campos.
O estaleiro do grupo EBX deverá ser construído em área de 200 hectares na região do Canal das Flechas — onde o complexo já garante a operação de dois estaleiros e uma base de apoio off shore.
“Acreditamos muito no Brasil e queremos que a indústria naval cresça”, disse o diretor do grupo, garantindo que a empresa está engajada em agregar, pelo menos, mais um estaleiro no Brasil, além do que já está sendo construído em Santa Catarina, na Região Sul.
Segundo Beto, a empresa está buscando novas áreas para empreendimentos em função da grande demanda de produção. O investimento na região norte fluminense deverá gerar cerca de 4 mil empregos diretos.
Diante da proposta, o prefeito Armando Carneiro ressaltou que, apesar do grande investimento, o consórcio entre Quissamã e Campos aposta nos outros quatro projetos que já fazem parte do Complexo.
Conforme disse, os estaleiros STX Brasil Off Shore e Eisa Ilha S/A, a base de apoio off shore Edson Chouest Group e o terminal de estocagem de derivados de petróleo Alupar têm grande importância para o sucesso do projeto, mas são independentes do interesse da EBX.
Segundo ele, o interesse pela área de Barra do Furado mostra que o empreendimento é um dos mais importantes para alavancar a indústria naval e off shore do país.
Na linha de investimentos, existe uma parceria entre os governos federal e estadual para viabilizar o Complexo. A União garantirá R$ 50 milhões para a dragagem do Canal das Flechas e o Governo do Estado entrará com R$ 20 milhões para iniciar o projeto do by pass (transpasse de sedimentos). Além disto, as prefeituras viabilizarão R$ 75 milhões para recuperação dos moles — sendo R$ 25 milhões de Quissamã e o restante de Campos.
Rosinha ressaltou que os R$ 50 milhões, prometidos pelo governo federal, ainda não foram liberados e que, por isso, o edital de licitação para o início das obras não está na rua. Ela disse que pediu uma resposta ao governo federal para a liberação dos recursos.
"Pedi a uma pessoa para procurar o ministro Alexandre Padilha, dizendo que não temos muito tempo para esperar, porque só não colocamos o edital na rua, porque eles não decidiram por onde os recursos vão ser liberados", disse a prefeita, acrescentando que se o governo federal não enviasse resposta esta semana, na próxima o edital estaria na rua e os dois municípios assumiriam o investimento, sem a União.
Por sua localização e pela grande elevação do fluxo populacional, o empreendimento deve gerar impacto sócio-ambiental nos municípios. Quissamã, inclusive, está realizando um estudo através da Universidade Federal Fluminense (UFF) para evitar problemas provocados por tal impacto.
Toda estrutura empresarial do Complexo Logístico e Industrial Farol – Barra do Furado estará a 25 km do Complexo do Porto do Açu (em São João da Barra) e a 100 km das principais plataformas. Também terá ligação direta com o heliporto de Farol de São Thomé (Campos).
Participaram da reunião os secretários de Quissamã Haroldo Cunha Carneiro (Desenvolvimento Econômico e Turismo) e Rodrigo Florêncio (Comunicação Social), e de Campos os secretários de Desenvolvimento Econômico, Eraldo Bacelar; de Comunicação, Mauro Silva; e o coordenador de Desenvolvimento e Infraestrutura, Antônio José Petrucci.
Nenhum comentário:
Postar um comentário